Em Minas Gerais, mais de 593 mil pessoas ainda devem se vacinar contra a gripe

26.06.2018

Mais de 593 mil pessoas no estado de Minas Gerais ainda não foram aos postos de saúde para se vacinar contra a gripe. São pessoas que fazem parte do grupo prioritário da Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe, lançada pelo Ministério da Saúde em abril. A Campanha se encerra na próxima sexta-feira (22). Neste ano, Minas Gerais já notificou 109 casos de gripe. O número de óbitos também preocupa, pois já são 30 mortes por influenza. O Ministério da Saúde vem alertando a população sobre a importância da vacina contra a gripe, principalmente com a proximidade do inverno, período de maior circulação dos vírus da gripe.

O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, convoca os brasileiros para a responsabilidade de se vacinar contra a gripe. “A doença não tem cara, ela não manda recado e a melhor forma de evitar a gripe é com a prevenção. Por isso, é importante ressaltar que a saúde é responsabilidade de todos. Não basta que o governo federal disponibilize 60 milhões de doses da vacina. É necessário que a população também se proteja e perceba o risco de morte por complicações da gripe”, observou o ministro.

Segundo o último levantamento do Ministério da Saúde, até o dia 18 de junho, 87,5% da população prioritária do estado de Minas Gerais se vacinou contra a gripe. A meta do estado é vacinar 5,6 milhões de pessoas. Para isso, recebeu 6,1 milhões de doses da vacina do Ministério da Saúde.

A escolha dos grupos prioritários para a vacinação contra a gripe segue recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS). Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.

O Ministério da Saúde reforça a importância dos estados e municípios continuar a mobilização para vacinar contra a gripe os grupos prioritários, em especial, crianças, gestantes, idosos e pessoas com comorbidades, público com maior risco de complicações para a doença. Além da mobilização da população é importante o engajamento de estados e municípios, alerta o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Osnei Okumoto. “É fundamental que os gestores locais de saúde também se mobilizem para ampliar a procura pela vacina e incentivar a ida aos postos de saúde. A responsabilidade pelo sucesso da campanha é compartilhada entre os governos federal, estaduais e municipais”, destacou o secretário de Vigilância em Saúde.

VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE NO BRASIL

Até esta segunda-feira (18), em todo o país, 80,7% da população prioritária (44,8 milhões de pessoas) buscou os postos de saúde para receber a vacina contra a gripe. As crianças de seis meses a cinco anos de idade e as gestantes, um dos grupos prioritários mais vulneráveis à gripe, registram o menor índice de vacinação, com cobertura de apenas 65% e 68,9%, respectivamente. Já o público com maior cobertura da vacina contra a gripe, é de professores, com 95,1%, seguido pelas puérperas (94,1%), idosos (88,7%) e indígenas (88,5%). Entre os trabalhadores de saúde, a cobertura de vacinação está em 86,8%.

A meta do Ministério da Saúde é vacinar 54,4 milhões de pessoas. Após o fim da campanha, caso haja disponibilidade de vacinas nos estados e municípios, a vacinação contra a gripe poderá ser ampliada para crianças de cinco a nove anos de idade e adultos de 50 a 59 anos.

VACINAÇÃO DA GRIPE POR REGIÃO

A região sudeste é a que tem menor cobertura vacinal contra a gripe até o momento, com 74,62%. Em seguida estão as regiões norte (74,67%), sul (83,4%), nordeste (86,8%) e centro-oeste com a melhor cobertura, de 95,4%. Entre os estados, Goiás, Amapá, Distrito Federal, Ceará, Espírito Santo e Alagoas possuem cobertura vacinal contra a gripe acima de 90%. Os estados com as taxas mais baixas de vacinação contra a gripe são Roraima, com 56% e Rio de Janeiro, com 61,1%.

CASOS DE GRIPE NO BRASIL

O último boletim de influenza do Ministério da Saúde aponta que, até 16 de junho, foram registrados 3.122 casos em todo o país, com 535 óbitos. Do total, 1.885 casos e 351 óbitos foram por H1N1. Em relação ao vírus H3N2, foram registrados 635 casos e 97 óbitos. Além disso, foram 278 registros de influenza B, com 31 óbitos e os outros 324 de influenza A não subtipado, com 56 óbitos. No mesmo período do ano passado, foram 1.301 casos e 219 óbitos por complicações relacionadas à gripe.

Entre as mortes em decorrência dos vírus da influenza, a mediana da idade foi de 54 anos. A taxa de mortalidade por influenza no Brasil está em 0,26% para cada 100.000 habitantes. Dos 535 indivíduos que foram a óbito por influenza, 393 (73,5%) apresentaram pelo menos um fator de risco para complicação, com destaque para adultos maiores de 60 anos: cardiopatas, diabetes mellitus e pneumopatas. Esse público é considerado de risco para a doença, por isso a vacina contra a gripe é garantida gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).

UF Doses distribuídas     Público-alvo      Doses aplicadas      Cobertura vacinal
RO 428.600 389.605 292.387 75,8%
AC 239.200 217.406 155.458 71,8%
AM 1.130.200 1.027.397 724.854 70,2%
RR 219.400 181.240 100.692 56%
PA 2.063.000 1.875.150 1.438.191 74,1%
AP 195.400 177.555 177.800 99,6%
TO 406.600 369.567 339.808 89,5%
MA 1.858.500 1.689.524 1.507.361 88%
PI 888.900 808.005 716.273 85,3%
CE 2.515.300 2.286.580 2.220.503 94,5%
RN 967.400 879.430 790.251 85,8%
PB 1.176.700 1.069.715 958.536 88,3%
PE 2.639.300 2.399.361 2.095.152 86,5%
AL 866.700 787.908 742.993 91,2%
SE 562.700 511.525 435.016 83,8%
BA 4.013.600 3.648.652 2.966.654 81,4%
MG 6.153.100 5.593.649 5.000.302 87,5%
ES 1.060.400 963.932 910.971 92,6%
RJ 5.007.600 4.552.323 2.858.860 61,1%
SP 13.808.000 12.552.136 9.296.422 72,6%
PR 3.467.900 3.152.607 2.657.816 85,4%
SC 2.058.400 1.871.189 1.660.101 85,9%
RS 4.015.800 3.650.691 2.944.794 80,3%
MS 811.200 737.395 632.573 83,5%
MT 850.500 773.158 703.941 87,1%
GO 1.812.600 1.593.242 1.786.714 105,1%
DF 788.500 706.988 716.122 95,8%
BRASIL 60.005.500 54.465.930 44.830.545 80,7%

 

FONTE: Ministério da Saúde  

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